venres, 28 de decembro de 2012

A lírica do pneumotórax

Rogelio Buendía (1891-1969)

NEUMOTORAX

El nitrógeno entró
El manómetro marcó
          positivo
Ella tumbada con el costado
perforado por la aguja.
Las gafas brillaban viviendo
Su vida de sabio aburrido
Una tos anestesiaba el aire
Cloroformo - Aceite gomenolado
     C'est ça!
Pas bien du sommet gauche
La pantalla lo dijo
Ella tosía y tosían todos
     C'est ça!
Dentro de aquel otro pecho
se oía y golpeaba las manos
la pectoriloquia áfona
trente deux, trente trois…
tras de mi foneudoscopio
había un soplo que me decía
que me callara
la aguja se hundió en otra pleura.

Rogelio Buendía

* * *



c
Manuel Bandeira (1886-1968)




Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
— Respire.

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— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.




Ó cabo, parece que a poesía está en todo o que facemos. O caso é ser quen de atopala.

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